PROFESSOR DIDÁTICO - 3/0/9012
Foi ontem na sala de aula, quando o desânimo
ante uma nota malsucedida inspirava a muitos sobre o questionamento acerca do
que estariam fazendo ali.
Foi ontem na sala de aula, quando a
esperança por uma didática diferenciada que vem em socorro dos que
eventualmente se esforçam, porém, muita vez sem o sucesso devido a problemas
outros.
Sem exatamente mostrar quais
problemas outros teriam muitos alunos a enumerar, além da cansativa jornada
diurna de trabalho, muitas vezes capaz de suplantar projetos em outra
profissão, exatamente por ser muito pesada e exaustiva, ainda mais para aqueles
que vêm por longos anos num ritmo que só faz crescer, em contrapartida com o
ritmo que insiste em pedir para diminuir.
Dos efeitos presentes no estudante
de longas horas a fio incidente sobre o corpo, vale a ênfase para a coluna
vertebral, ficando difícil entender por certo, como pode um desembargador
produzir seu trabalho e ainda editar livros e ser professor. Para tal resta a
conclusão que até para tarefas como a de produção literária, cabe hoje o auxílio
de terceiros.
Entretanto, no caso dos estudos não
existe esta prerrogativa, sobretudo para quem não tem subordinado além de si
próprio. Assim, a didática do professor que bem sabe de tais circunstâncias, ao
considerar tais dificuldades, chegando talvez, a deficiências na capacidade de
aprendizagem ou na formação sobre como estudar melhor para aprender, sabendo
disto, aplica sua sábia proporção de avaliação.
Fetiches à parte, um gesto assim didático na abordagem
ao aluno com problemas na nota é capaz de alterar toda a sua trajetória rumo aos
novos métodos e hábitos de estudo. Lado outro, em não havendo esta preocupação,
pode num breve instante, levar o aluno à descrença sobre sua capacidade.
Distinguir entre isto e a pura
irresponsabilidade por não querer perder tempo com estudos é das sabedorias, a
mais tocante e difícil de ser percebida, posto ser encontrada somente no professor
competente no seu mister.