março 25, 2012

A VOLTA – 21/03/12


Foi ontem ali, diante da enorme publicidade na avenida de trânsito rápido e comercial, divulgando um produto o qual ninguém deve saber ao certo qual seja, dado à beleza dos corpos discretamente nus que o divulgam, masculino e feminino, com ênfase para o masculino dado a peculiaridades modernas a enumerar, que senti falta da literatura nos meus dias.
A nova modalidade “depilação” no corpo masculino tem, como em todo hábito novo, provocado opiniões divergentes no meio feminino. Aparelhos para tal mister têm surgido aos montes para facilitar a tarefa, antes essencialmente feminina, alguns completamente indolores e que tratam a pele muito bem obrigada.
No entanto, as opiniões se divergem não restando evidente se por competição histórica entre os sexos, ou se pela grande maioria dos homens não se adequarem a uma postura de vaidade, que poderia subtrair-lhes a masculinidade, o que não tem demonstrado a prática.
Para uma sutil implantação de novos hábitos, os transexuais tiveram sua participação importante neste contexto, já que exposição com plástica aprimorada é a tônica principal a ser focalizada nesta trupe.
Então, somando pontos aqui e ali, os homens têm chegado ao ponto de cuidado pessoal em que as mulheres começam observar, gostar e incentivar. A impressão que sobeja ao analisar a mudança de comportamento é que o posicionamento masculino na sociedade moderna começa a ganhar delineações que as privilegiadas mulheres jovens destes tempos, podem usufruir sem parcimônia nem receio de falta de masculinidade.
Outro dado a expor diz respeito à higiene; há pouco tempo atrás, homem tinha que ter cheiro de suor, cara de mau e barba mal feita. Atualmente, até mesmo a questão do corpo malhado já começa a ser medida, adequando a padrões e gostos que não pecam pelo excesso.
Chame a isto, o renascimento do homem verdadeiramente moderno, limpo, atrativo e muito masculino, sobretudo por não ter a pretensão se sê-lo.