novembro 08, 2008

ELES DOIS JUNTOS – 08.11.08




Eles dois juntos ainda não aconteceu. Mas existem perspectivas apontando que eles dois juntos serão assim como “Bonny and Clyd”, Instein e relatividade, Romeu e Julieta, BB King e o blues.

Já eles dois separados, o que tem acontecido até então, são assim como a descaracterização da marginalidade que hoje não se limita mais o estilo “Bonny and Clyd”, ou a Instein sem a sua teoria não patenteada, Claudinho sem Bochecha e BB King sem blues.

Por hoje, eles circulam próximos, cruzando olhares e cumprimentos rápidos sem, no entanto, efetivamente exporem o que lhes vai aos corações. Entretanto, já se deram conta que algo vai ao coração. Isto ficou evidente no último atropelo de encontros na pracinha, onde ele forjou tão quase naturalmente um acaso onde se cumprimentaram e se encararam.
Ele é desses moços com classificação inclassificável, posto estar sempre só, não fossem as eventuais conversas com seu vizinho, que lhe parece substituir as conversas que teria com os pais já falecidos.
Ela é dessas moças com classificação inclassificável também, posto também estar sempre só, exceto pela família, onde ainda visita e cuida a sua maneira e possibilidade. Assim, ambos têm um acordo secreto, transmitido por pensamento apenas, onde eles deverão em breve se encontrar. Talvez isto aconteça depois do segundo Cartão de Natal que ela está preparando para ele, não descartando a possibilidade de encontrá-lo no Orkut, enviando para manter suas inovações constantes, um cartão virtural.
O perfil dele, um tanto agitado, característica que ela bem conhece por ser assim também; pois bem, com este perfil, navegar na internet não deve ser a sua praia, o que ela irá confirmar em questão de horas.
O perfil dela, também não encontra tempo para longas navegações com procuras e buscas insistentes. Mas ambos têm um acordo secreto. E acordos desta natureza não devem ser abandonados simplesmente.
Depois um encontro na praça tão quase naturalmente, eles dois juntos por algum tempo, eliminaria da cabeça dela os recorrentes pensamentos acerca do homem e sua inutilidade na vida de uma mulher. E por certo, eliminaria da cabeça dele, toda a dificuldade e vergonha ao se aproximar de uma mulher, talvez temendo todo o trabalho que isto pode desencadear.
Para minimizar os medos deles dois, só mesmo efetivando um encontro para quem sabe, se gostarem tanto que não queiram mais se separar. Ou, por outra, não queiram mais se ver, confirmando ela sua tese da desnecessidade da presença masculina na sua vida e confirmando ele, que continuar sozinho ainda é a melhor opção de vida.Por hora, resta a ela o envio de um Cartão de Natal para ele, com dicas e toques especiais, onde mais não consegue fazer senão esperar, esperar e esperar por uma resposta ou por mais um tempo para o rapaz tomar pé da situação; e resolver se quer ou não quer tentar uma nova forma de vida até então inatingível para eles dois.

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