CÃES DE GUARDA - 08.09.12
É Tarantino, com o seu filme “Cães de
aluguel” que sobrevém à cabeça ao pensar na travessia de José Dirceu ao
demonstrar placidamente e sob o risco do próprio pescoço, o grau de apego da
elite ao dinheiro tornando-os incapazes de qualquer denúncia, não sem antes se
submeterem ao mensalão.
Mas, para tal avaliação ética,
extemporaneamente restou colocada nas mãos dos julgadores a dificuldade de
análise onde se tem apenas um lado, o dos culpados. Representando os inocentes,
fica toda a população que nem sequer sabe ao certo sobre os fatos tais quais ocorreram.
Como certo talvez, ter-se-á num
futuro nem tão distante, uma biografia muito interessante e recheada de informações
oriundas de um dossiê, por ora secreto (a La Tarantino) que conteria tudo para
se popularizar nos dias atuais e dividir opiniões, mas que não acontece por
agora porque nem a elite nem a massa popular estão preparadas para avaliações
sérias, que não se limitem a falar mal de forma generalizada, como normalmente
ocorre em épocas de eleições.
Tem-se demonstrado ao longo da
evolução país, que os mais inteligentes, os estrategistas são exatamente os que
empenham sobremaneira a sua reputação que, aliás, deveria ser quesito com
discussão apartada, uma vez que estão na frente com informações, ações e
posturas surpreendentes, para serem entendidas no futuro e nunca no presente.
Uma análise contextual vem hoje
explicar o que não restava claro quando da implantação de programas sociais,
não barrados pela elite, como seria esperado. Via certa ou torta, o fato é que
restou um preço alto a ser saldado pelo mentor do mais arrojado projeto que
manipulava a elite tais quais cães de aluguel.
Resta agora aos
julgadores decidir mediante provas, depois do sucesso da inclusão social que de
outra forma “ainda oculta” pudesse talvez viabilizar-se, e sem guardar
proporção com a urgência que a medida pedia, mas que ninguém assumia como
urgente já que tal aplicabilidade jamais fora antes cogitada. A clareza, bem
assim os efeitos de tudo isto restarão demonstrados nas aulas de história no
futuro próximo.
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