junho 25, 2011

POR QUE ESTUDAR DIREITO?


Começo com o mais típico trocadilho que pudesse ousar – porque estudar errado não vale a pena. Mas, o direito nos remete a difíceis falas e complexas posturas que “lado outro” nos incita como futuros profissionais a titubear sobre a vocação e a simplificação da linguagem que não vem.


Igualmente não vinha a informalidade no tênis, mas vem chegando de mansinho como costumam chegar as mudanças - e adeus branco obrigatório para o esporte que ora tenta não ser somente da elite.


Estudar direito implica em gostar de ler, e por conseguinte, de escrever. Conceber o direito requer que seja ultrapassada a fase com todas as venias cujo editor insiste em acentuar, posto que aportuguesado o termo já está.


Mas a questão é por que estudar direito. E a resposta se mescla em contundentes explicações, como ter paciência e perspicácia para entender a meia volta que o jurista é capaz de fazer para que entendamos a competência da justiça federal para alimentos onde o alimentante (ou alimentado) reside no exterior.


E mais, a “contrario sensu”, é necessário gostar de exceções, e depois das regras, porque senão “do lado contrário”, a renitência poderá colocar em risco sua habilidade profissional nas soluções que pacificamente poderão findar um litígio sem a longínqua, onerosa e morosa solução que muitas partes preferem alimentar por anos a fio.


Tal preferência por delongas jurídicas seria estudo para Freud, mas para nós, basta entendermos a necessidade de litigância como forma de reencontro que enaltece e revive rixas que poderiam ser apaziguadas, caso houvesse um esforço mútuo.


Enfim, estudar direito é fazer-se apto para a aplicação de fórmulas textuais ao caso concreto tal como se mostram, e quase sempre vêm com múltiplas interpretações; há que estarmos sempre apostos para as reações advindas de tal aplicação, posto lidarmos no mais das vezes com questões personalíssimas, e portanto, suscetíveis de surpresas e intempéries que esperamos, jamais nos impeçam de visualizar a melhor solução que a lide por certo nos cobrará sem dó nem piedade.

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