agosto 08, 2011
agosto 01, 2011
CABEÇA DE MULHER - 01.08.11
Bem mais complexa do que as bolsas, a cabeça de mulher pode ser tão mais confusa do que esse acessório que desfila marcas e estatui tendências. Caiu-me nas mãos uma revista “Caras-Fahion” e resolvi descobrir o que dali poderia aspergir. Acabei borrifada pelo banho de conhecimento sobre a moda e sua evolução.
O que se pode perceber é tratar-se de uma cultura à parte do resto de todo o mundo que não pode consumir marcas como Yves Saint Laurent, que instituiu os ternos femininos; e Dior e suas camadas que escorregam em babados sobrepostos a dedo; sem falar em Chanel que merece um comentário especial dado ao singelo muito bem desenhado e materializado.
São texturas que o mercado paralelo “a pirataria” jamais conseguirá copiar, a não ser em “baixo relevo” ousando talvez, atribuir às finas estampas um tom rústico de parecer igual. É como ver van Gogh pela Internet, percorrendo os museus por onde ele adormece em berço esplêndido, mas não se terá conhecido a textura, o impasto que somente in loco pode ser captado.
Outro ponto interessante a ser estudado é a junção de texturas diferentes, porém, quase sempre complementares, seja pela perpendicularidade, seja pela simetria com que são cuidadosamente arregimentadas formando um todo harmônico dominante em “Huis Clos”.
Estudar moda é mais do que entender de arte. É pintar o rosto da modelo de branco, ou de preto, se a luminosidade que interessar destacar assim se fizer necessário.
E para coroar a beleza da criação, há que se ter um corpo menos modelado, de pouca forma, de menos cor, como algo assim que esperasse as tintas e os tons para brilhar.
Curioso ver que a TV que estampou em novela uma menina usando seu “blog” para fazer análises coerentes sobre a moda, foi inspiranda na real Tavi Gevinson que se construiu como referência de crítica da moda em 2007 com apenas 11 anos de idade.
Não sei exatamente se essa mistura de arte, com definição de estilo de pousar perante a vida é o que fascina na moda, ou se pelo fato de ser uma arte onde quem busca o mais incomum consegue destaque para a peça criada.
E neste mister, no meu entender Chanel continua imbatível e agora passo a ter como cristalina a perpetuação ao longo dos anos que se destaca com cores sóbrias, bordados delicadíssimos, com fitas discretas, compondo modelos que dão credibilidade de serem feitos para mulheres simples, de brilho no exato ponto da mistura entre a prata e o rosa muito claro em toda uma coleção cuja proposta é ser usada no cotidiano. Imagine só isto!