julho 24, 2011

AMY MORTA-23.07.11

Até ontem eu cantarolava enquanto trabalhava, caminhava, fazia musculação ou buscava uma forma de reafirmar a língua inglesa, de forma a entregar-me em cada palavra, ainda que fosse “what kind of fokery are we?”.


De outra feita, também me valia de “Meet you downstairs in the bar and heard”. São para mim e para muitos admiradores do “south, Jazz e Blues”, tentados a gostar do “Ray”, buscando entender a associação “drogoetílica” incisiva chegando a ser onipresente, especialmente com mais ênfase em Amy.


Como houvesse uma herança que transcendesse a velocidade do som, talvez tentando ignorar a lei da gravidade, surgida como o furacão “ Winehouse” sempre prestes à erupção, ou quem sabe expondo uma forma criativa, musical e lúdica para que as meninas modernas expressem suas insatisfações com os meninos não menos modernos.


Tudo isto regado ao melhor “south” fez a mistura perfeita para que não só as mulheres, mas também muitos homens se revelassem fãs da Amy; e como via de regra, um apce incidente a sua morte, mas ainda assim, um justo merecimento. Vemos um filme que se repete à la Raul Seixas e tantos mais, se é que me compreende...


Mas, é a forma da massa expressar seu agradecimento pela arte senão em vida, por razões que comprometeriam a seriedade, então por outras como a liberdade de dizer de forma uníssona o que não se assumiu individualmente.


No meu caso o fiz e faço individualmente, desassociada de sexo, drogas e rock and roll ou qualquer aditivo que desencadeie a criação. Aprecio o poder puro e simples de fazer arte, dando-lhe o seu exato valor por conhecer de perto os dissabores de ser íntimo da criação. E no caso de Amy a minha nota foi a maior que pudesse ofertar ao avaliar respiração, voz, ritmo, cadência, originalidade em letras, itens aliás, muito difíceis de se manter diante da influência dos melhores do mundo em south’s e jazzes.


Fecha a moça pois, seu rápido “tour” com chave de ouro, e de quebra sem ninguém para questionar seu merecimento porque a morte ainda continua com seu poder fascinante de tornar as pessoas boas e merecedoras de honras e glórias que, se vivas, a história seria outra...

julho 17, 2011

JAGADAMBA – 17.07.11

Foi assim como que em presente, ou como um segredo revelado a poucos praticantes da paz e portanto, merecedores de tal benesse que veio até mim para nunca mais sair, essa palavra-escudo que avisa quando é hora de cercar-me da proteção.


Não é usada no comando do meu portão, já que este obedece ao carinhoso termo “Cézamo” abrindo para mim a porta do único lugar onde posso ser eu mesma sem ser molestada ou aviltada, embora umas tantas vezes tentada.


Mas, esporadicamente preciso de uma proteção um pouco maior, daquelas onde conjuntamente com o Salmo 91 – 7: “Mil cairão ao teu lado e dez mil a tua direita, mas não chegará a ti”, ingiro doses homeopáticas de bem-viver contra mal-me-queres.


“Jagadamba” é para mim o meu escudo, a minha proteção. E a revelo porque junto com esse aglomerado de letras arregimentadas em uma palavra, por detrás dela existe uma ideia, um amparo que por absoluta necessidade faço por atribuir força e magia tanto quanto podem as palavras em minha vida.


É como ouvir o Gilberto Gil cantar “pra você que me esqueceu, aquele abraço...” e captar, e sentir toda a magia e todo o poder que tal frase pôde ter na vida dele, repercutindo até hoje, mas, entretanto, o momento de quebrar a força da maldade somente a ele foi dado. Cada um que encontre o seu.


Assim, tomo posse nesse momento do meu escudo, que vez ou outra sai da gaveta, vem se ajustar em mim tanto quanto eu me ajusto a ele, ambos de comum acordo contra qualquer tentação que por aí escape ao controle e por aqui tente se instalar. Jagadamba, jagadamba, jagadamba!

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