AMY MORTA-23.07.11
Até ontem eu cantarolava enquanto trabalhava, caminhava, fazia musculação ou buscava uma forma de reafirmar a língua inglesa, de forma a entregar-me em cada palavra, ainda que fosse “what kind of fokery are we?”.
De outra feita, também me valia de “Meet you downstairs in the bar and heard”. São para mim e para muitos admiradores do “south, Jazz e Blues”, tentados a gostar do “Ray”, buscando entender a associação “drogoetílica” incisiva chegando a ser onipresente, especialmente com mais ênfase em Amy.
Como houvesse uma herança que transcendesse a velocidade do som, talvez tentando ignorar a lei da gravidade, surgida como o furacão “ Winehouse” sempre prestes à erupção, ou quem sabe expondo uma forma criativa, musical e lúdica para que as meninas modernas expressem suas insatisfações com os meninos não menos modernos.
Tudo isto regado ao melhor “south” fez a mistura perfeita para que não só as mulheres, mas também muitos homens se revelassem fãs da Amy; e como via de regra, um apce incidente a sua morte, mas ainda assim, um justo merecimento. Vemos um filme que se repete à la Raul Seixas e tantos mais, se é que me compreende...
Mas, é a forma da massa expressar seu agradecimento pela arte senão em vida, por razões que comprometeriam a seriedade, então por outras como a liberdade de dizer de forma uníssona o que não se assumiu individualmente.
No meu caso o fiz e faço individualmente, desassociada de sexo, drogas e rock and roll ou qualquer aditivo que desencadeie a criação. Aprecio o poder puro e simples de fazer arte, dando-lhe o seu exato valor por conhecer de perto os dissabores de ser íntimo da criação. E no caso de Amy a minha nota foi a maior que pudesse ofertar ao avaliar respiração, voz, ritmo, cadência, originalidade em letras, itens aliás, muito difíceis de se manter diante da influência dos melhores do mundo em south’s e jazzes.
Fecha a moça pois, seu rápido “tour” com chave de ouro, e de quebra sem ninguém para questionar seu merecimento porque a morte ainda continua com seu poder fascinante de tornar as pessoas boas e merecedoras de honras e glórias que, se vivas, a história seria outra...