julho 17, 2011

JAGADAMBA – 17.07.11

Foi assim como que em presente, ou como um segredo revelado a poucos praticantes da paz e portanto, merecedores de tal benesse que veio até mim para nunca mais sair, essa palavra-escudo que avisa quando é hora de cercar-me da proteção.


Não é usada no comando do meu portão, já que este obedece ao carinhoso termo “Cézamo” abrindo para mim a porta do único lugar onde posso ser eu mesma sem ser molestada ou aviltada, embora umas tantas vezes tentada.


Mas, esporadicamente preciso de uma proteção um pouco maior, daquelas onde conjuntamente com o Salmo 91 – 7: “Mil cairão ao teu lado e dez mil a tua direita, mas não chegará a ti”, ingiro doses homeopáticas de bem-viver contra mal-me-queres.


“Jagadamba” é para mim o meu escudo, a minha proteção. E a revelo porque junto com esse aglomerado de letras arregimentadas em uma palavra, por detrás dela existe uma ideia, um amparo que por absoluta necessidade faço por atribuir força e magia tanto quanto podem as palavras em minha vida.


É como ouvir o Gilberto Gil cantar “pra você que me esqueceu, aquele abraço...” e captar, e sentir toda a magia e todo o poder que tal frase pôde ter na vida dele, repercutindo até hoje, mas, entretanto, o momento de quebrar a força da maldade somente a ele foi dado. Cada um que encontre o seu.


Assim, tomo posse nesse momento do meu escudo, que vez ou outra sai da gaveta, vem se ajustar em mim tanto quanto eu me ajusto a ele, ambos de comum acordo contra qualquer tentação que por aí escape ao controle e por aqui tente se instalar. Jagadamba, jagadamba, jagadamba!

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