outubro 29, 2014

APÓS MEIA HORA DE PAUSA...19/08/14



            Foi agora mesmo, entre um saltitar “á la Líricas, do Balero” e um refletir “à la pensador, do Rodin”,  enquanto faz o que mais gosta: testar a sonoridade do seu amigo sonoro, testando diferentes equalizações no melhor volume, que não chega a causar pânico na vizinhança, porém, sendo sua forma de sentir-se viva, lá vai deparar-se novamente com soluções. Vamos a elas!
            Não tendo como fugir, olhando para o fone, buscando contatos que talvez ajudem, pensa por fim que não veio ao mundo a passeio, tampouco para diversões, embora adore divertir-se até mesmo com suas questões cruciais.
            Assim, por ser óbvia a busca, e ser difícil a aplicação, por não encontrar alguém capaz de entender que é chegada a hora de agir, arquiteta tal qual engenheiro que nem é do Hawaí, mas daqui, um plano que possa atenuar dores, reunir famílias conviventes com pontos nevrálgicos crônicos e sem anestésico.
            E por onde começar? Quando tudo fica obtuso, tenta “escalenar” o triângulo de tal sorte que consiga calcular a hipotenusa, já que neste caso aplicar-se-ia o teorema recorrendo-se à bissetriz, a outros artifícios, ou seriam armistícios? Porém, sempre com a velha esperança de que a matemática virá salvar todo o emaranhado, o que “data vênia” o direito não clareia, abrindo uma possibilidade, e mais outra e mais outra...
            Continuando aberta a questão, terminando-se o único cd que viabiliza no meio do seu dia de férias, cheio de estudos de gêneros convexos, e pensando na complexidade vocabular por que passaram Caetano e Gil em tempos de exílio, pergunta-se ao final, se sua alternativa não seria também o exílio, ou quem sabe, recomeçar um novo projeto, abandonando sua estratégia militar, indo aportar talvez, num ateliê de pintura, numa mesa de escritor, com espaço para ilustração, fixação, abstração, desconexão com a vida prática. É quando resolve pegar o telefone e começar sua busca por soluções. Vamos a elas!

ARIAL OU NEW TIMES? 20/10/14



ARIAL OU NEW TIMES?
            Entre arial e new times, ainda bem que a ABNT fez por bem aceitar a ambos. Ainda bem que depois de sentir cada junta amaciada pela yoga, como que despisse do dia de trabalho, ousando limpar a alma, desmarcar o cansaço, rememorar o dia que se deita para dormir, em trégua com a lua.
            Melhor ainda, por reencontrar no mercado, alguém que faz compras como tivesse uma família sua, mas que cuida da dispensa de parentes, quem sabe até administrando seus salários, escolhendo pacientemente os alimentos, lendo rótulos, validades, cuidando talvez da tia, ou mãe, não sei bem.
            E sem saber de onde vem o interesse, mas que atrapalha a minha compra, interrompida para observar aquela trajetória não vista nas pessoas comuns iguais a mim, acabo por manter-me atenta ao desfecho daquela compra.
            A minha compra já não importa mais. Seria talvez a yoga, a responsável por capturar aquele instante incomum, sobretudo num jovem que cuida da mãe, da tia, como o homem da casa. Sendo a cidade pequena, trazendo na cabeça um mapa mental das pessoas que podem interessar, paulatinamente revejo pessoas que levam consigo a minha atenção, o interesse em descrever, tentando mensurar sua retidão, honradez, precisão, paciência, bondade, parcimônia e outros qualificativos.
            Escrevendo em arial, buscando aceitação de alguma banca, talvez uma lá do céu, incomodando o fato de captar, sem querer e sem nenhuma habilidade maior desenvolvida e, por conseguinte, desconcertante, resta claro mais uma vez, tratar-se de um jovem carregando um peso incongruente com sua pouca idade.
            Buscando sinais de tristeza não encontro. Tentando reconhecer ali uma insatisfação, ao contrário, encontro serenidade, aceitação e paz, de sorte que causa inveja. Some-se a isto a minha natural curiosidade acerca daqueles que aceitam a vida como dádiva.
            E por fim, o que sempre acabo fazendo, talvez por herança da minha matemática, comparo com meu próprio gráfico onde a abcissa e a ordenada nunca se entendem, restando a incógnita companheira, vindo avisar que este tema há que ser mais explorado até a dissecação em arial