AULA DE PECHINCHA - 08/08/14
Aproveitando a oportunidade para
recordar os tempos em que me utilizava das circuladas no comércio para ensinar
filhas, amigas e quem mais estivesse junto sobre como pechinchar no comércio, via
de regra desencadeando vergonha, não cabendo no meu rol de comportamentos “diferentes”,
volto à aula.
Aplico no meu horizonte tendente ao
infinito a concepção de que pechincha é arte, traz prazer e satisfação e que,
sem ela as compras se tornam menos atrativas. Assim, ontem fui praticar a tal
arte com minha sobrinha, que queria morrer de vergonha.
Perguntar de quanto é o desconto é
para mim algo natural, tendo em vista que nem estou levando o desconto, já que
pagamos impostos até para somente entrar num estabelecimento comercial ou
bancário dado às investidas subliminares. Mas, o melhor é perguntar quanto mais
se pode obter além do desconto que qualquer mortal tem (obviamente se pedir).
É neste contexto que entra a pechincha, os
elogios à boa política que conquista a freguesia. Isto deixa de ser como afirma o “Aurélio” =
coisa barata. Está mais para regatear.
Talvez necessite a nova geração de
umas aulas de teatro, artes cênicas ou coisa que o valha. Ou então, começando
por desprender-se da etiqueta social que roda e não avisa, retira das pessoas a
personalidade, a todos uniformizando e, pior, domesticando um sem número de seres
incapazes de regatear bens de consumo, indo depois praticar com bens imateriais...
É notório que tal prática tem
decaído, depondo contra seus praticantes diligenciados à classe inferior, onde
não podem exatamente pagar pelo que querem consumir.
Entretanto, a prática visa
demonstrar o contrário, que as pessoas podem se utilizar de sua inteligência
para obter preços menos exorbitantes, e ainda assim, passar longe da realidade.
Enfim, somando e subtraindo, até que o desconto não foi dos piores, haja vista
não ser ideal forçar a estudante de primeira lição.