PRESSA DE VIVER - 04.03.11
Tem sido a pressa de viver motivo de controvérsia sobre a qualidade de vida da qual devem cuidar aqueles que pretendem chegar inteiros se o nível de saúde for utilizado para identificá-los num futuro que para Alice chega mais rápido do que conviria aos seres normais finitos e sem tempo para muita coisa nesta vida.
Para ela, se o dia constasse de algumas horas a mais, ela não acharia ruim. Tanto é assim que seu computador sofre diretamente esses reflexos. A moça abre n janelas e quer todas em plena atividade a um toque do mouse.
De tudo que não pode digerir aprendeu de início a dizer que não gosta; em segundo aprende mesmo a não gostar; em terceiro, desgostada que se faz daquilo que não é para ela por um motivo qualquer, lança mão na maior naturalidade de outra coisa que substitua tal abstenção.
Isto vale para comida, roupas, coisas em geral e até mesmo pessoas. Adora escrever enquanto seu “média player” exibe a próxima faixa da Amy. De vez em quando, Alice perde-se pensando no tempo em que ouvia rádio e ficava torcendo para que o locutor parasse de falar e colocasse música. Hoje, não por acaso odeia rádios e telefones, ambos por contato intenso enquanto trabalhava.
Assim, pode hoje administrar melhor o seu tempo, escolhendo as músicas exatas ao seu gosto e ao parco tempo para delas desfrutar. Quanto ao fone, basta esquecer desligado e pronto.
A última busca em favor do tempo que nunca a satisfaz, não entendendo bem porque as pessoas ao redor não reclamam disso é a de querer um dia com as quatro estações, com tempo para estudar de tudo, inclusive curiosidades e talvez, encontrar alguém cujo relógio biológico igualmente a ela clame por atividade e muito mais tempo para viver.
Entende que isso é pressa. Aceita o fato anômalo, porém, inerente a ela sem que com isto consinta ou disto participe. Apenas aprendeu que a entrega garante o sucesso do empreendimento e demandando muita energia, tanto mais abrangente haverá de ser a colheita.
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