UM NOVO OLHAR SOBRE O MUNDO – 25.12.10
Ontem obtive um resultado prático sobre como a massa encefálica que ocupa a porção superior e anterior da caixa craniana manifesta sua vida própria. Acredite seriamente no resultado se disser que irá levá-la para dar um passeio. Os efeitos da endorfina agem de imediato.
Assim, saindo para mais uma caminhada onde afirmo levar não apenas o corpo, mas também o cérebro para passear, é realmente assim que funciona. Esta massa que ora ensina meu olho a ver sob a perspectiva multi-focal e ao retornar àquela anterior mono-focal, provoca sintomas inacreditáveis e constantes de distúrbios visuais nunca antes experimentados.
Descobri então, que foi passada como informação cerebral uma nova forma de enxergar a vida. Até aí tudo bem; concluímos o que já era sabido: que é o cérebro quem nos manda. Em mandando sabe fazê-lo com maestria, pelo que obedecemos com a sabedoria de quem se rende ante aquele que pode mais.
Obedecida que estou, tento agora uma conexão de ideias entre mim e o teclado que parece ter vida, com movimentos ondulatórios que você não acreditaria. Não fosse pelo fato de eu ser tão céptica, acreditaria mesmo que ele adquiriu vida – mais vida do que já tem adquirido.
E esta nova forma de enxergar a vida, pergunto-me até que ponto ela altera uma nova existência. Por agora tento entender os dois grupos claros e distintos de pessoas existentes no mundo, entre tantos outros, obviamente, mas que se distinguem dos demais por serem opostos: os otimistas e os pessimistas.
Meus olhos que jamais fogem à realidade, espero que nesta nova ótica possam mudar de posição; sempre foram pessimistas diante de tantos outros olhos, uma vez que enxerga as pessoas sem nenhum artifício, simplesmente como são, considerando seus defeitos e qualidades.
Se acaso a visibilidade distorcida denotar uma postura recalcitrante, inconveniente, da qual não me safo jamais, então é sinal de que as coisas não mudaram tanto. Porém, se ao contrário, eu estiver crente na bondade e sinceridade e desinteresse das pessoas sobre as coisas, aí terá havido mudança sensível e que mereça acolhida.
Por conseguinte, estarei cultivando de forma paulatina a crença em um mundo menos material. Fácil falar em menos materialidade quando não estamos do lado onde as coisas faltam. Fácil também de entender porque pessoas que se tornam ricas gastam milhares em sapatos ou em cabelos. Muito provavelmente aquilo lhe teria faltado em certa fase da vida em que seria essencial para sua afirmação como ser humano respeitado. Se mencionarmos que esse bem adquirido ou buscado passa a ser uma pessoa, aí, sendo sua posse impossível por questões óbvias, então as coisas ficam mais difíceis.
Pensando mais profundamente, até a maneira de pensar fica mais doída quando se altera o foco visual. Focos diversos nos levam a uma busca incansada da melhor visão, o que cansa, chateia e nunca clareia totalmente quanto se deseja, ao menos de início.
Enfim, com um ano prestes a ser novo, com expectativas de melhora quase por obrigação porque cada dia que passa existe menor espaço para pessoas duvidosas e inseguras, assim, espero que a “multifocalidade” valha-se realmente para o fim a que se presta porque de início é um aglomerado de dificuldade para ampliar, tal qual numa reforma onde se aumenta a casa, antes desalojando tudo.
Se ao menos os neurônios resistirem a tanta ondulação, enquanto a medicina não evolui de forma a atuar na frente do nosso cérebro, vamos tentando a adaptação gradual como um exercício de paciência que adverte sobre quem efetivamente manda na nossa evolução.
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