fevereiro 12, 2011

SOBRE OS HUMANOS

De onde vem a importância atribuída aos humanos? Para a maioria isto se deve ao fator inteligência. Para outros poderia se atribuir como diferenciação básica entre o homem, os animais e vegetais, a existência da sua alma.
Aí começamos a pensar na enorme importância que pode uma alma atribuir ao seu dono. É ela que nos diferencia dos restos humanos sem vida atirados sobre a terra e que ali se desintegram com o passar dos anos. Em cheirando mal, tais enterros poderiam ao menos fecundar a terra. Ao contrário, são causa de poluição.
Comparado aos animais, vem o homem encabeçando a lista de importância sobre estes, além de se julgarem únicos mandantes da terra, até provem outras manifestações de vida, já que os cientistas acabam de suscitar a existência de novos planetas a gravitar fora do nosso sistema solar; sem saber exatamente o que se tem por lá.
Demais disso, a importância do homem sobre os animais vem de forma insólita, vez que alma não se classifica ainda em nenhum filo. E sua inteligência só se faz medida porque se utiliza da fala. Vendo melhor, os defeitos dos humanos comparados aos animais, são flagrantes as vantagens que dão ao homem a soberania de mão beijada.
Partindo dos olhos de certos insetos que movem-se em ângulos de cujo raio não escapa nenhuma presa; bem assim com línguas que capturam alimento, além de outros organismos minúsculos que se dividem e se multiplicam devido ao seu próprio esforço, fica notória a fragilidade da visão humana que executa tamanhas complexidades.
Sendo assim, não nos resta tantas glórias que elevem nosso intelecto e nossa alma ao epicentro de nós mesmos. Somos todos iguais, desconhecidos de muitos filos, classes, ordens e sistemas, tanto quanto o somos do nosso próprio irmão.
Acaso conhece bem na intimidade os segredos, as intenções e os sonhos do seu irmão? E entende esses mesmos sonhos, divide e partilha com ele os caminhos pelos quais um dia poderão se concretizar?
A verdade é que cuidamos bem pouco do nosso redor, seja das pessoas que dizemos gostar, seja do meio ambiente com outras formas de vida, seja da nossa própria alma, tão desconhecida, deixada de lado, perdida no vazio que silenciosamente produzimos.

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