A LEVEZA DE MAGUÍ – 20.03.11
Só é chamada de Maguí devido a uma intenção proposital desta sua amiga que costuma afrancesar todos os nomes das pessoas com as quais convive: Valerie, Silvie, Maguí e assim por diante.
Maguí tem uma leveza que lhe cai tão bem quanto o bom gosto para música que talvez terá herdado do pai. Não costumo vê-la comentando sobre artes tanto quanto comenta de músicas.
Assim, tornou-se um referencial quando diz que alguém é excepcional ou normal. O que lhe garante a posição de leveza diante da vida não se constitui em preguiça, conformidade, como alguns poderiam deduzir. Pelo contrário, é um trator quando vislumbra seu foco de trabalho. Sempre com método.
A leveza de Maguí vem da sua dosagem exata de buscas e descansos. Tem intervalos tão comedidos entre um e outro, que penso ser muito boa em matemática, de forma a estruturar sua vida com uma equação que lhe propicie buscar e viver paralelamente.
Não existe estresse, mas consegue suas pretensões e ainda encontra tempo para saber onde está acontecendo o melhor show, fazendo uma análise fria e precisa sobre os pontos que a levaram para tal opção no final de semana.
Sabe que a vida não é precisa como advertiu o poeta; adora descobrir trabalhos alternativos de gente igualmente despretensiosa do sucesso e do dinheiro. Não se deixa escravizar sobre o consumo e se mostra alerta para tal síndrome. Tem certeza de que satisfação não se busca com compulsão.
Aliás, Maguí tem sempre uma resposta ponderada, pesquisada, calculada para toda e qualquer necessidade, passando pelas mais banais, qual seja a desentir-se mais bonita, até os cuidados essenciais com a saúde.
Ainda não resolveu seu problema bronco-respiratório, mas penso estar perto disto também, uma vez que entendera com pouca idade a força do pensamento e a transformação na saúde que eles produzem efetivamente.
De resto, sua leveza é daquelas que me causa espanto porque não tem realmente momentos de grandes desesperos, tampouco se envolve com a dramaticidade que pode ocorrer em determinados momentos da vida. Apenas administra seus dias, considerando seu coração e seu cérebro complementares que necessitam apenas viver; sem perder finais de semana ou férias com coisa que não valha a pena.
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