DENTES BRANCOS x CÉREBRO ATIVO – 24.03.11
Aí você acorda e o dia lhe sorri. E você sorri de volta, já que não faz parte da gama de mal-humorados que acordam e respondem: “como assim, bom dia?”
O dia avança até certa altura sem cafeína que lhe dê alegria, alegria. É quando percebe de súbito que falta naquele intervalo de horas, além do trabalho que chateia, mas engrandece em proporção retilínea uniforme crescente quase parando, somando-se a falta de aditivos culturais, percebe por fim que lhe falta cafeína no cérebro.
Mas, tudo tem um preço e este quem paga são os alvos dentes, necessitados de boa escovação com enxágue bucal a cada dose, o que lhe consumirá 60 segundos para ter efeito. Se se tratar de um matemático maníaco-drepressivo, irá somar o tempo perdido ao longo deste dia que lhe sorriu desde cedo.
Mas, os efeitos são bem superiores ao trabalho impregnado, vez que seu cérebro estará sorrindo, criativo, pronto para ser escrito, desenhado, cantado e poetizado.
Lado outro, perceberá a impregnação na xícara branca, igualmente necessitada de detergente; uma confirmação do estrago que isto pode desencadear.
Para completar, reveja a sua casa cheirando café fresco, o que até ontem era impossível, sabe-se lá porque, preferindo talvez ir ao mercado próximo, tomar cafezinho na degustação, o que não funcionava com a mesma proporção do ritual de coar café na hora em que o cérebro avisa: estou com sono e perdendo meu potencial de criação. Aí, o café entra em ação.
E você se pergunta porque passou tanto tempo sem café em casa, ao argumento de que quem mora sozinho não precisa disto. E agora, revendo a casa com vida que emana do cheiro estimulando o córtex, nada mal rever posições, voltar a antigos hábitos e manter outros a despeito do que eles podem causar nos outros do mundo, além de você. Enchanté!
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