QUANDO O PROBLEMA É MEU – 17.10.10
Por hora, Alice tenta entender como antigos problemas, os quais não têm mais a capacidade de alterar a vida das pessoas, podem emergir trazendo consigo a discórdia. Embora buscasse respostas religiosas, todas as portas sempre se fecham a sua frente levando-a a uma conclusão de que a religião é um ícone ainda indisponível para ela clicar.
Isto posto, tenta buscar outras maneiras de entender problemas e suscitar soluções para sua família que ora se perde em meio a um problema que não deveria mais exercer o impacto tal como tem exercido.
Alice sabe da sua obrigação de tomar uma posição. Deve ser contra ou a favor, sem mais nem menos. Então, como sempre pondera entre esses dois extremos, não acreditando na força do sim e do não simplesmente, agora não lhe é dado outra forma para ponderar. De volta às questões que a levam ao pânico – marque V ou F. Assim, só restou-lhe ser contra.
Com ícones que costumam funcionar como suporte para sua saúde, e agora estando indisponíveis para clicar, ela se vê sem qualquer apoio espiritual que justifique a dureza e implacabilidade do seu não. Mas, ainda assim ele é dito.
Disto ela já se advertira, surgiriam moléstias com as quais tenta conviver, entender e erradicar do seu organismo ora impregnado de incertezas, insegurança e muito desquilíbrio. Decorre entretanto, que está ciente da necessidade de transpor questões tão vastas.
Ademais, Alice está no meio de um conflito familiar sem precedentes, digno de Felini filmar. Tudo o que lhe resta é valer-se das aprendizagens que ora lhes são negadas por questões outras que não a generosidade a qual deveria ter os espiritualistas ao praticar e deixar praticar conhecimentos sem que isto se transformasse em benesse ou favor que se dê a alguém merecedor, escolhido. Mas, a religiosidade ainda tem dessas coisas...
Então, munida de certo conhecimento adquirido aqui e ali nos momentos de praticar bondade dos religiosos competentes, ela segue buscando entendimento sobre a similaridade de situações familiares que parece repetir uma grande novela, com capítulos que terminam e reiniciam com igual conteúdo na geração seguinte. Seria o refinamento necessário aos seus familiares? Se assim for deverá se conformar e aceitar de pronto tal situação, conviver com ela sofrendo o mínimo possível.
Entretanto, ela sabe um pouco mais acerca do assunto, o suficiente para reconhecer-se dentro de todo um aprendizado que demanda paciência, precaução e disposição para pequenos assuntos; é como formar seu quebra-cabeça que continua na mesa intacto, sem ninguém para se aventurar a encaixar uma peça.
Também é assim com certos conflitos insolúveis num primeiro, num segundo, terceiro momentos. Deixamos adormecer, amanhecer quantas vezes mais se fizer necessário. Para tanto, munir-se de equilíbrio espiritual é tudo que necessita. É o seu sinal de inteligência quando pretende manter suas buscas sob controle.
De resto, Alice sabe o que a espera e certamente pretende esperar pelo seu quinhão nem mais nem menos do que merecer. E para amanhã, pretende um novo visual aos cabelos, quando espera voltar-se ao espelho, sem medo do que pressente ver. Afinal, quando o problema é meu, também são minhas as dores. E se eu morrer de amores, quem pagará o enterro e as flores?
Marcadores: a dor da gente...
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