PROCURAÇÃO ENGAVETADA - 07/07/13
Pronto! Procuração engavetada. O prazo
está vencido e de agora em diante ninguém a ser representado, exceto pela
vontade de viver em harmonia, ainda que somente consigo mesmo.
Foi assim a despedida da
representação pessoal para assuntos de comportamento e de postura diante da
vida. Vencida a procuração, o que agora há para se fazer é colocar em prática
tudo quanto fora aconselhado.
E para tal, que seja um começo diante
de dificuldades familiares que não encontrando solução, apenas deixa o tempo
passar... Talvez assim, venha um refluxo da maré, embora distante do mar, que
possa amenizar maus entendidos.
O fato é que a partir de agora, não
existe mais a possibilidade de consulta, tal qual aos dicionários, onde se
busca o verdadeiro significado para esclarecer o que fora dito ou escrito.
Então, de posse dessa procuração
vencida e engavetada, o norte vem de forma contundente, desencadeando novas
possibilidades de vida, em outros lugares, com novos desafios, talvez até mais
difíceis do que os daqui, porém, sempre novos.
O que resta dessas avaliações em via
de regra são o olhar antes embaçado sobre as pessoas, de forma complacente,
tentando evitar o entendimento claro de não ser ali querido. Olhar no olho do
outro e ver-se menos querido do que supunha é sempre difícil; exige coragem e
vontade de buscar senão uma reversão da situação, ao menos um outro lugar para
tentar-se querido.
Quando a procuração vai para a
gaveta, e a certeza restada ao final é de ir embora e recomeçar tudo em outro
lugar, então ir sem culpa é a melhor opção, aquela que diz para ser esperto na
vida, não demonstrar tantas fraquezas por faltas quase tão doídas quanto a de
comida, de casa, de referência familiar, de dinheiro, de trabalho.
O que serve de alívio é saber que não
poderia contar por toda a vida com um procurador para assuntos de cunho
emocional, a não ser temporariamente, até que vire a página da história e
recomece outra, seja onde for...
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