A DELÍCIA DE SER LIVRE - 09/06/13
Chamem-na
“Mac Beth”. Não é nenhuma loura sensual fatal e tampouco tem a pele alva ao
estilo “Monroe”, sobretudo por não estar cravejada com a marca essencial dessas
divas da música americana. Embora não cante, é também uma diva.
Dos
hábitos cultivados, a liberdade é algo que sempre cuidou com o melhor adubo orgânico,
já que dedica especial atenção a tudo que é natural. Detendo maior atenção, não
são suas roupas que lhe impõem presença em acontecimentos sociais. É a sua
liberdade.
Igualmente
no trabalho, lugar em que capta a curiosidade sobre sua vida pessoal: se é mais
feliz que as mulheres casadas; se a sua liberdade seria causa ou consequência
de sua leveza perante as dificuldades por que todos normalmente passam; enfim,
sente-se quase sempre como um ícone sobre o qual os dados estatísticos estão
sempre lhe espreitando, apenas esperando um próximo evento para classifica-la,
defini-la com o dado que faltava para a conclusão da tautologia sobre liberdade
e felicidade.
O
fato é que nunca teve a pretensão de ser tudo isso, mas acabou sendo, vendo-se
incluída naqueles secretos relatórios psicológicos nos meios por onde transita
não lhe sendo explicitado, porém, não lhe sendo ocultado devido talvez, ao seu
senso de observação o qual impede sua ignorância acerca dos reflexos do seu
estado de livre.
E
assim, sente-se por vezes tolhida, uma vez que sendo alvo de olhares, críticas
e dados estatísticos, como acontece com os famosos, acaba se sentindo com a
obrigação de ser correta todo o tempo, o que cansa qualquer ser vivente como
comprovam outros dados estatísticos sobre famosos.
Mas,
por que assim, se não é famosa? Está bem que ela tenha uma discreta
visibilidade sobre sua pessoa oriunda do seu trabalho, ou poderia ser devido ao
fato de gostar de ser feliz, andar ligeiro por aí mexendo com todo mundo,
sempre atenta ao fluir do dia, se azul, tudo está ótimo; se cinza, bom para
relaxar em casa; com chuva, que bom ter um ar assim limpo; e com frio, que tal
um café espresso daquele do melhor que há.
Exceto
por isto, não se enquadraria no rol dos mais atrativos, pois seu blog nem é
visitado, porém, um fator outro vem de forma subliminar: a sua alegria de viver
por ser livre para ir, vir, ser, estar, falar, pensar, sofrer e chorar, até
descobrir um caminho onde possa trafegar com o seu livre direito de ser livre,
tanto quanto isto possa ser-lhe incomensuravelmente abrangente.
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