março 05, 2013

MULHER- 5/3/13



            Devido às transformações no tempo e no espaço, tem hoje a mulher um espectro de coisas tangíveis; e até intangíveis, se assim o desejar. Tudo quanto lhe causa prazer ela pode buscar de forma destemida.

            Vale até mesmo colocar em cheque a sua reputação, já que isto atualmente não tem chamado tanta atenção. Ao menos no que diz respeito a sua própria vontade, a mulher atual preocupa-se antes com a sua inteligência e com o desenvolvimento intelectual, para depois investir no seu visual, já que é impossível dissociar ambas as necessidades.

             Assim, beber, viajar, inventar, dedicar-se primeiro à profissão, só depois à maternidade, dividir tarefas com parceiros quanto a casa, tudo isto são fatos que tendem a aumentar. E o machismo, onde foi parar?

            Debaixo do travesseiro dos homens que, assustados, tiveram que adaptar-se à nova mulher, se acaso quisessem mantê-la ao lado. Então, nesta busca muitos se perderam no eco dos seus mandos.

            Existem resquícios que ainda ecoam e bradam aqui e ali. Porém, para cada um deles existe uma legalidade, capaz de abrandar seja por bem ou por mal. E as mulheres vão seguindo, invadindo espaços cujas portas estejam abertas. É como a síndrome do filho mais novo – que deve chamar atenção da família desde cedo- assim também com as mulheres – que devem também, buscar desde cedo o seu caminho, já que não têm as prerrogativas de direito, mas somente as conquistas.

            Saudar a mulher que pode ir e vir por si só, com orgulho por pagar suas contas sozinha e por bancar sua vida independentemente do homem é ainda uma posição embrionária, já que ambos os sexos deveriam ter vivido assim  desde sempre. E com a alegria que não se desbotasse feito roupa de segunda.

            Há que considerar o tamanho da busca. Ainda que seja tímida, com parcos recursos, alguma forma deve despontar como alternativa para a menina que quer ter uma profissão capaz de sustenta-la, uma vida da qual possa tomar conta, aprendendo com o homem sobre as delícias da liberdade e de ser o que é; há que ser sem medo do que possam pensar  aqueles que não aprenderam a visualizar a transformação social que não pede licença, não se consolida em leis nem tampouco  atrasa sua manifestação; porque o tempo continua soberano, mas as mudanças de comportamento caminham com ele, independente de qualquer querer.

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