EM SENDO PERGUNTADA - 19/5/13
Pensei
ter perdido o programa do Aderbal, quando de súbito ele invade a tela da
televisão, como sempre confuso, num cenário que me foge à compreensão pela
organização menos usual e, casualmente hoje seus entrevistados não se fizeram
representar- uma alusão à ficção. Normal para ele.
Assim, treinaria hoje o outro lado
de ser perguntada. Na falta do Aderbal, entregar-me-ia então à Alice com a
advertência de que tal ideia não fora minha; um desses testes que a ciência
busca aplicar em seres humanos em situação de risco de identificação pessoal e
profissional...
Mas, assistindo ao processo de
desconstrução dos programas de entrevista exercitado pelo próprio entrevistador
em busca do entrevistado Boris Strabão, cuja qualificação e formação
profissional declinara de forma pomposa, até com certo rigor, porém,
justificando sua ausência pelos mais estapafúrdios motivos; vi então, que o dia ainda não é o de
exercitar o lado de ser perguntada.
Penso, no entanto, até que ponto os
profissionais da arte de entrevistar são prejudicados seja quando são
objetivos, precisos, rápidos ao interpretar respostas buscando a imediata
conecção seguinte, seja no próximo instante, quando deverão responder as
perguntas do seu cotidiano.
Pensando nesta interferência na vida
das pessoas, e tentando entender o movimento de desconstrução ora exibido com
previsões para 2013, ocorridas em 1920, e com diálogos entre personagens kafikianos
e outros, revendo seu pai com endereços na Barata Ribeiro, que instantaneamente
nos remete à obra “O Processo”, apercebo-me da importância dada a tudo, que ao
mesmo tempo podemos desconstruir sem nenhuma perda do contexto geral.
Assim, imagino Alice perguntando-me
por que o afastamento da arte capaz de colocar-me na realidade dos dias de
forma apaziguada, como que aprendendo a contemplar as coisas ao redor, que de
outra forma não é conseguida, tais como simplesmente visualizar o chão onde
pisa? Prometo tentar responder...
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