POR ENTRE TECLAS- 27/05/13
POR ENTRE TECLAS - 27/05/13
Tão difícil quanto aprender é o processo de desaprender, hoje tão necessário para aqueles que visam o mercado de trabalho que num futuro bem próximo acena com as novas tecnologias.
Na medida em que aprendemos tarefas novas, vem a necessidade de desaprendermos maneiras antigas de executa-las, muitas construídas ao longo de anos a fio.
O processo de aprendizagem passa por uma luta com a tecnologia. Assim, entendo que realmente existe uma disputa entre o professor e a internet. Surge então, uma necessidade premente de adequar as aulas com a exposição do aluno a todo o tempo com as redes, inclusive as sociais, via de regra fora do contexto.
Tornar a aula interessante de forma a fazer com que o aluno visite apenas sítios essências à aula não é das mais fáceis.
Entretanto, tais ferramentas existem para ser incorporadas. É indício então, de que o papel do professor está bem perto de passar por uma alteração significativa, como aduz o professor e pesquisador Silvio Meira.
O papel do educador atual ao conciliar internet com aula presencial passa, segundo o citado pesquisador, pelos "games", ou seja, pelas competições. Envolver o aluno no ambiente de disputa, por certo devolverá o interesse na aula que costuma perder-se por entre teclas nos dedos ávidos destes que pensam ser desnecessária a informação presencial, a mesma que direciona e orienta em busca da melhor resposta.
Entretanto, para tal é fundamental que o professor tenha gosto por novos desafios e que compre esta disputa como se inserisse num "game" também. Por óbvio, toda escola deveria contar com banda larga e cada professor mereceria um "tablet", "notebook" ou "i-pad", com formação suficiente para indicar e exigir consultas nos melhores sítios disponíveis para tal.
É uma realidade para a qual todos marchamos, porém pouco se tem dedicado a isto, o que desencadeia a natural preguiça do aluno em acompanhar aulas que se apresentam desmotivadas por não conter ingredientes familiares desta geração, quais sejam, disputa, rapidez por encontrar informações etc.
As controvérsias em torno da "mecanização" dos alunos é o que temem os professores. Conseguintemente (lembrando aqui o fera Machado de Assis), trata-se de processo irreversível no qual uma adaptação em fase inicial aponta como melhor solução (adere-se ao inimigo, se nao puder vence-lo).
Assim, ensinar alunos a escrever valendo-se do editor de texto, utilizando dicionários, fontes de pesquisa e toda a parafernália que a rede inspira, inclusive o próprio Machado, cujas obras são disponibilizadas gratuitamente no "i-tunes", é o que há para professores buscarem, se o ideal for desvendar a criatividade por entre teclas.
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