CRIAÇÃO - 14/07/13
Criação
é processo difícil, que exige dedicação, porém, uma vez tentado o retorno será
certo. Criar é olhar para o resultado e satisfazer a alma com tamanha
intensidade que nem o dinheiro nem o amor propiciam.
É exatamente aquele momento em que a
persistência impele para uma prática como fosse um ritual. Não se encontram
causas ou qualquer associação que identifique a hora da criação; ela
simplesmente surge. E na sua generosidade, vem para todas as pessoas
indistintamente.
Ocorre, entretanto, que nem todas as
pessoas captam sua chegada quer porque não vigiam quer porque não consideram
importante essa abordagem nos seus dias. O fato é que criar é possível para
todos, cada qual dentro da sua tendência.
Assim, impulsionando uma criação de
desenho, por exemplo, o que há de melhor é trabalhar, refinar, alterar
traçados, testar lápis, pastéis e suas texturas, bem assim experimentar tipos
diversos de papéis. Chame a isto de técnica que aproveita da inspiração para
criar.
Depois de criado, há sempre algum
detalhe que poderia ser melhor trabalhado. E para van Gogh e os
impressionistas, por exemplo, a desconstrução, a indefinição ou confusão de um
traço constitui-se no estilo peculiar, capaz de identificar. É assim também com
o “impasto”, uma técnica que acumula sobremaneira a tinta na tela, atribuindo
efeitos inimagináveis.
Observar e apreciar técnicas
diferentes de desenho, pintura, escrita, música e tantas outras manifestações
artísticas, vem para o artista como alimento que nutre e define sua técnica.
Então, munido de informação sobre
como fazer, o que não é suficiente para acontecer a criação, vem a vigília, bem
ali à espreita pela inspiração, quase sempre em momento de solidão para sua
captação. E a arte manifesta-se desencadeando no vigilante uma vontade de
expressar aquilo que percebeu de forma tão imediata e urgente, antes que se
perca no vazio do descaso e das coisas comuns.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home