maio 02, 2010

ASSUMINDO A DIFICULDADE – 01.05.10

Longe de ser “expert” em autoajuda ou ajuda ao próximo, até porque quando movimenta parece mais um trem bala desgovernado porque não tem notícia de outro meio terrestre mais rápido de ir e vir.
Olha para as pessoas tranqüilas com suas idas sempre iguais, na mesma velocidade diária tentando imaginar o que elas comeram no café da manhã, talvez uma proteína sendo mais bem sintetizada no organismo ainda não ingerida por ela, que passa veloz, e não consegue diminuir sua marcha quase “hitleriana”.
Se fora o hoje o dia de assumir dificuldade, então, que o faça com a determinação necessária ao sucesso. Assumir que é boa em alguma coisa é indício de problema para ela; assim, assumir dificuldade não é seu maior sofrimento.
Sabe que precisa urgentemente valer-se de uma técnica que lhe dê tranqüilidade para responder questões fechadas, de múltipla escolha, já que este mister não combina com velocidade que acaba gerando confusão.
Sua característica mais genial ela assume sem modéstia, a de observar a personalidade das pessoas e suas implicações. Por isto, quando a sua personalidade vem à baila, ela própria cuida da crucificação sem direito a choro, velas e flores.
Enquanto pensa degusta uvas secas, observando o brilho que até então elas não tinham. Eram secas com força de sê-lo. Agora, deduz pela técnica da observação que estas estão brilhantes e têm um óleo que espera não ser saturado. Deve ser o das uvas mesmo. Mas, detectou um ingrediente a mais, como se acha capaz de deduzir em toda comida que degusta.
Seguindo em frente apaziguada com seu editor que segue detectando até mesmo seus pensamentos errados, sublinhando-os todos de vermelho, ela toma seu intento de analisar seu fracasso em provas. Sabe toda a matéria e se confunde ao marcar.
Admite ser pusilânime o suficiente para buscar enésimas justificativas assim como fariam Einstein, Freud, Sócrates e tantos mais que costumam questionar a veracidade das questões. Admite gostar muito mais da verossimilhança do que da verdade. Aquela é mais generosa que esta, sempre altiva, suprema, sem admitir recursos. São estas as questões que precisa confrontar.
Como então teria gostado tanto de matemática ao ponto de cursar esta disciplina, acreditando inclusive, na aplicação das fórmulas às questões pessoais e às grandes questões mundiais? Talvez, pela ramificação da matemática aplicada. Já inventaram a matemática quântica? Então, aproveita esse momento para solene para definir-se uma “matemática quântica”.
Para desmistificar a tendência de que não poderia escrever, tem praticado por ora, muito mais a arregimentação com letras do que as fórmulas matemáticas, tendo caracterizado recentemente o ápice de Einstein como sendo a sua descoberta na física: E=mc², já que energia é massa com velocidade. E velocidade não lhe falta, energia também não, fato, portanto, inconteste por ela. Ponto pacificado e pronto.
Mas, sua questão merece solução. Esta não vem a cavalo porque não jogaria tal solução para São Jorge resolver. Do que lhe resta como alternativa, assumir que não basta determinação e dedicação aos estudos para sair-se bem. Necessita algo mais. Chama a isto equilíbrio. Reconhece que não é boa nesta questão porque teria que gostar de química, coisa difícil no momento.
Propõe a solução que pode salvar-lhe o currículo ou quem sabe, um novo concurso: equilíbrio na hora da prova; isto implica ausência de ansiedade, tranqüilidade para os neurônios trabalharem sem pressão. Fácil a solução. Para começar, informa a enciclopédia virtual que o equilíbrio químico se aplica às reações reversíveis. Ora, alvíssaras por ela não ter sido queimada (restando-se irreversível, irrecuperável) encontrando-se em estado que ainda não descartou como reversível. Ainda lhe resta, portanto, a esperança que dizem não se extinguir jamais (sendo sempre reversível).

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