“AS SUCH WEDNESDAY” – 27.01.10
Na própria quarta-feira, ao som de “California dreaming” que dita as passadas da caminhada atribuindo balanço e ritmo cadenciado, sigo pensando como transparecer que sei menos do que enganosamente transpareço.
Volto para minha rotina de estar em algumas manhãs com “Jack Johnson, “Ray” e “Mamas and Papas”. Lembro-me da roupa de cama ontem recolhida, pressentindo que por um bom tempo não será utilizada. Retorno à mesmice dos dias que consomem a imaginação, não fosse salva pelas caminhadas e o bom som que a visita sempre cumpre seu papel de atualizadora das pessoas que esqueceram o valor de acompanhar os lançamentos.
Assim, nesta própria quarta-feira de quase sol, com iminência de chuva, possíveis oscilações de humor, ao retornar à casa novamente vazia, caminhar pelas ruas enquanto observo mais atentamente o caminhão caçamba que transporta funcionários como fossem carga, como de fato são, tento evitar conjeturas quando nem mesmo as minhas estão apaziguadas.
Memorizo uma vez mais sobre a necessidade de manter minha dispensa e geladeira com comida, como se isto se transformasse em um exercício a ser fixado e, por conseguinte, exigindo maior dedicação para que eu possa ser aprovada nesta disciplina (nem sou nutricionista), qual seja aprovar-me como apta a sobreviver sem doenças, alimentada, saudável. São essas coisas que as pessoas fazem instintivamente e que por ora faço “pensadamente”.
Não é tão difícil de entender. É como a comissária de bordo que tem seu corpo adaptado a certas diferenças de altitude interferindo no seu metabolismo, no estado emocional e assim por diante.
A minha oscilação se restringe à casa cheia, muita atividade, e depois, à casa muito vazia, sem atividade relacional. Como consequência, um amontoado de atividade individual que toma conta de todos os espaços e de todos os relacionamentos.
Aí, as atividades individuais passam a comandar, a preencher os espaços e tudo mais voa pelos ares. Então entra em cena uma vigília sobre o que é normalidade e o que é excentricidade. Tudo se mistura por vezes.
Aí, as atividades individuais passam a comandar, a preencher os espaços e tudo mais voa pelos ares. Então entra em cena uma vigília sobre o que é normalidade e o que é excentricidade. Tudo se mistura por vezes.
Existem as pessoas que vivem nesta confusão sem se darem conta. Queria ser assim. Mas, meu questionamento acerca do mundo e das pessoas com seus valores, não admite tréguas. Então, sigo com enquetes infinitas, deduções descabidas, informações desconexas, buscando aplicabilidade para tantos dados que somados poderiam salvar o planeta do aquecimento global, que segundo informações recém chegadas da Europa, não está atingindo mais as geleiras, por agora recompostas, firmes e geladas como sempre foram.
Assumo então, como prazer antagônico, expor minhas fragilidades e meus defeitos, talvez na busca de uma cura para todo mal. E para cada mal existe uma porção de bem pronta para contra-atacar. Por ser assim, o medo dá lugar à pesquisa, às buscas por melhor posicionamento na vida; ou, quem sabe, ao abandono momentâneo dos posicionamentos (você sabe – a metamorfose ambulante...).
Assumida que estou de todos os meus defeitos, sobretudo e com maior dificuldade dos aparentes, os quais os mais afoitos por minúcias sabem captar, tento uma correção gradual, sem traumas, sem sofrimento, até porque não são valores que nos cobram; exceto quando nos reparam dos pés até a cabeça, ou adentram em nossa casa para questionar se ali existe excesso ou falta de zelo, ambos imperdoáveis a um mundo que perde cada vez mais a disposição da bondade para com seu semelhante e que ainda assim, continua a formar aptos para avaliar seu próximo, munidos da consideração.
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