agosto 30, 2009

A FORÇA DO MEDO – 30.08.09


Alice em confronto com a verdade costuma admitir o medo, embora não o demonstrasse a ninguém. Mas se vê como um rato. Até mesmo nas características mais peculiares deste roedor que não despreza de todo, porém, desconhecendo seus hábitos não saberia falar de suas qualidades.
É assim também com ela. O que tem de bom não a preocupa, não é alvo do “Times”, não consta em nenhuma pesquisa humanitária da ONU e nem mesmo satisfaz suas necessidades prementes como via de regra ocorre com as pessoas.
Foi ontem mesmo, quando ouvia um depoimento de despedida a um colega de trabalho que partia, “ficou de cara” com as palavras do amigo que enaltecia o outro. E o fez com tanta propriedade, assumindo-se inferior a este, com capacidade de trabalho menor, ali, admitindo em público que nunca se igualaria a este, embora continuasse “no pário”, correndo atrás do prejuízo.
Metas são projetos com uma única pretensão de serem executados serem executados serem executados de qualquer forma. É nisto que Alice tenta focar com o novo trabalho que terá pela frente. Mas existe o medo entre ela e o fazer. Existe o medo de que seu projeto seja mais um sonho impróprio para o consumo.
Ela até sabe que as palavras têm poder, tanto sabe que evita sonhar, pensar, admitir em seu consciente e até no subconsciente, que tudo quanto arquitetara possa dar em nada. Esta possibilidade não existe em lugar algum. Então, o que não existe no mundo não pode acontecer.
Talvez fosse a hora reservada para Alice experimentar e comprovar que os resultados do nosso trabalho dependem diretamente da energia positiva que atribuímos a ele. Assim, embora lutasse sem armas, ativando um sem número de vezes a sua inércia, fazendo dela sua melhor arma; embora não sentisse nem pressentisse qualquer resultado positivo, ainda assim ela continua tentando recolher forças para investir naquilo que sabe ser boa, no entanto, não gostando de fazer: vender seu produto.
É tarefa considerada por ela como arte pura e simples, com efeito imediato da energia aplicada com as técnicas de venda que podem levar ao sucesso. Está preparada para se mirar em certo senhor que vendia as coisas mais inusitadas, como espaços em muros para se pintar publicidade, suprindo suas faltas sem tanta concretude, porém com honestidade; não há de ser como aquele outro que garante bênçãos em troca de dinheiro, levando as pessoas a crerem que ajudando a erguer impérios, terão como abertos s caminhos do céu.
Contraditoriamente é quase esta a tarefa de Alice. Ela pretende vender livros. Mas seu conteúdo é de natureza tão singular, servindo de experiência para quantos queiram, tão cheio de alegria e também, com momentos de derrota, solidão, não admitidas publicamente como acontecera no discurso citado, mas admitidas no livro, com toda a parcela de culpa que pode o ser humano sinceramente ter; entretanto, não mais que esta.
Como final, um longo e incansável trabalho deverá marcar as temporadas que consumem férias, lazer, um pouco da saúde, por consequência óbvia, mas Alice sempre sabendo que seria assim e que não haveria como evitar esta fase. Então, vamos a ela; abram a jaula e soltem os leões famintos. Lá vai Alice, não sem sua armadura.

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