PONDO COISAS NAS ORDENS – 24.05.09
Em primeiro havia muita coisa para ser posta em ordem. Para tal feito, tanto melhor se se escolhesse alguém com larga experiência em arquivologia. Portador de grande habilidade haveria tal pessoa que ser ainda, intrometido sem ser abusado, bonito sem ser assediado e ordenador sem ser ter desenvolvido neuroses acerca de sua forma de organizar.
Então, “once upon a time – era uma vez” uma Marina que vivia numa fortaleza disfarçada de casa, de modo que ninguém pressentisse que ali pudesse existir, por hipótese, algum tesouro escondido, ou simplesmente, muito dinheiro e fartura, dando para abastecer os miseráveis de todo seu bairro, quem sabe até mais.
Assim, começando pelos familiares, todos tinham o costume de não pensar em Marina, tampouco se ela pudesse estar precisando alguma ajuda. E ela estava. Acontece que Marina educada para ser a mais forte, a mais inteligente, a mais elegante e a mais econômica da família, assumiu tudo isto tudo para sua vida travestindo-se de “resolvedora” de situações complexas (quase sempre dos outros).
Tal solicitude da moça, por certo lhe renderia muitos problemas, com ênfase aos trabalhos domésticos que todos da família costumavam solicitar dela, que sempre os aceitaria a todos, resignadamente, no compasso da desilusão, desilusão... (como na canção de Marisa Monte).
Depois de inúmeras tentativas para dizer não, fracassando, ela trabalhou de forma desigual por mais um fim de semana. Que sentimento seria este, capaz leva as pessoas a carregar peso maior do que agüentam seus ombros, tudo para evitar este desconforto avassalador em alguns e irrelevante para a maioria?
Então, mais uma vez Marina colocou-se em posição de meditação e foi ter com “Yhoah” tentando descobrir de onde vem esta sensação que a leva a uma total exaustão de vida, não vislumbrando sequer onde poderá chegar agindo assim.
Enquanto meditava, sentindo-se vigiada, ela teve a certeza recorrente de que esteve participando ainda há pouco de mais uma sessão de vigília, na qual seu poder de concentração em busca do auto-domínio é sistematicamente tentado, colocado em cheque, chegando a ser vilipendiado. Mas, por quem?
Sabe que existem forças opostas ao seu redor. Quase chega a plasmar tais forças, no entanto, tenta aproximar-se daquela força que inspira segurança e serenidade. Por ser familiar, só assusta quando a moça tem um pedido seu prontamente atendido; e depois mais outro, mais outro e mais outro. Peça e obterá!
Ao mesmo tempo, em sentido de mão única sente-se observada, cerceada e atacada até mesmo nos seus momentos mais íntimos. Isto é percebido quando seu organismo começa a emitir sinais como dores e manifestações alérgicas.
Ocorre, pois, que tais sintomas são de certo tempo para cá, reconhecidos como produto da sua negatividade; aquela que produz quando não deseja o bem para alguém, ainda que este também não deseje o dela.
Por conseguinte, quando os problemas desmoronam de todos os lados, Marina é capaz de detectar em cada um deles, sua origem mediante atos praticados por ela anteriormente. E transfere isto para as pessoas da sua convivência.
Por ser assim, seu direito agora conquistado é senão outro o de contatar esta força e encara-la de frente. Se for impossível, já lançou o plano B, onde se irá ter com seus melhores e bem-queridos sentimentos de progresso e ascensão.
Ciente que está agora do seu duplo enfrentamento, organiza por ora um pelotão de contraataque mental, onde cada um dos seus neurônios é advertido sobre tais investidas, de forma a fazerem igual vigília, não permitindo mais que os maus pensamentos sobreponham-se aos bons.
Amanhã, quando estiver reunida novamente entre os seus, e sentir a aproximação do sentimento que mina as formas de perdão; e quando percebê-las cerceando a todos ao seu redor, aniquilando um por um nos seus prontos fracos sem que eles tenham consciência, Mariana estará disposta a enfrentar sem medo colocando cada coisa na sua ordem, com a diferença oriunda do seu exercício mental onde aprendeu a ser seu próprio mestre, incomode isto a quem incomodar...
Marcadores: coisas em ordem...
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