QUANDO ELA VOLTOU A SER LEÃO– 12.04.09
Até ontem ela tinha cara de Maria, jeito de Maria e postura também de Maria. Não que Maria não merecesse estar em caras e bocas. Olhando detidamente na vida de certa Maria, ela se fez conhecida e respeitada de um canto a outro do firmamento.
Mas é que hoje seria o dia de Alice. Ela soltou a cabeleira e tal qual o leão exibindo a sua juba em sinal de domínio, assim fizera também. Chegou o final dos seus dias de expiação; algo que mereça ser comemorado.
Olhou para a direita, depois para a esquerda e nem precisou olhar para frente e para trás para saber que sua hora de viver chegara. Cortou os cabelos assumindo-os desarrumados do jeito que sempre gostara, saindo em seguida dona de sua vida.
Não fosse pela juba exposta, talvez se definisse uma leoa depois do parto defendendo sua cria. Mas ela se assemelha muito mais a um macho, tanto na juba quanto na postura de buscar o seu espaço.
Pronto, agora não existe outra opção para Alice que não seja assumir-se. Não é nada com o mundo, com as coisas, com as pessoas; é com ela própria. Isto posto, parte então abruptamente em busca de tudo que lhe falta.
Faltou na semana passada a oportunidade de assistir a um ritual na fazenda, do jeito que sempre quis ver e não foi. Também não foi mais fazer ginástica, tampouco caminhar ao som do Ray. Não foi!
Em outros tempos, Alice prenderia os cabelos e se resignaria em meio aos livros de inglês. Não desta vez! Ela vai buscar o que está faltando e na sua lista mental imensamente inerente as suas vontades, muitas buscas se perderam.
Uma a uma ela promete resgatar. Todas de uma só vez, se for esta a sua única alternativa. Para começar tomou posse do seu novo monitor que ficava ali parado tal qual a montanha da música, que insiste em ficar ali parada. Pois, seu monitor ultra-rápido; sem defeito e até então sem utilização, passa agora a ser ocupado como numa ação de usucapião: de forma mansa, pacífica e ininterrupta e com ânimo de dona.
Ordenou a sua vida que ela se abrisse como dissesse “Abre-te Césamo!” E tudo se clareou, com a liberdade um dia perdida em alguma esquina, talvez num processo inverso ao de Sansão que perdera suas forças ao perder os cabelos; Alice perfaz o caminho inverso: ganha força quando corta os cabelos dando-lhes liberdade para serem como são quase todas as coisas na vida – difíceis, incontestes.
Assim, munida de uma força que até poucos minutos atrás pensava não possuir mais, ela se prepara para alterações cruciais, quase como as fases de idade por que passamos todos os seres viventes.
Então, em primeiro cortou os cabelos e sentiu suas forças revitalizadas em novos propósitos. Em segundo, ordenou que a vida se abrisse. Depois abriu seu computador que até antes queria vender dado à inutilidade. Voltou-se para seu som como fonte de inspiração que sempre fora e que estivera abandonado. Revistos todos os efeitos que abandonos provocam, assumiu que tem como peculiaridade uma estranha sensação de ser similar ao leão e necessitar de uma juba que lhe fortaleça. Tomou seu remédio, fortificou-se e agora se sente curada das rasteiras que tem levado e que agora não perturbam mais...
Mas é que hoje seria o dia de Alice. Ela soltou a cabeleira e tal qual o leão exibindo a sua juba em sinal de domínio, assim fizera também. Chegou o final dos seus dias de expiação; algo que mereça ser comemorado.
Olhou para a direita, depois para a esquerda e nem precisou olhar para frente e para trás para saber que sua hora de viver chegara. Cortou os cabelos assumindo-os desarrumados do jeito que sempre gostara, saindo em seguida dona de sua vida.
Não fosse pela juba exposta, talvez se definisse uma leoa depois do parto defendendo sua cria. Mas ela se assemelha muito mais a um macho, tanto na juba quanto na postura de buscar o seu espaço.
Pronto, agora não existe outra opção para Alice que não seja assumir-se. Não é nada com o mundo, com as coisas, com as pessoas; é com ela própria. Isto posto, parte então abruptamente em busca de tudo que lhe falta.
Faltou na semana passada a oportunidade de assistir a um ritual na fazenda, do jeito que sempre quis ver e não foi. Também não foi mais fazer ginástica, tampouco caminhar ao som do Ray. Não foi!
Em outros tempos, Alice prenderia os cabelos e se resignaria em meio aos livros de inglês. Não desta vez! Ela vai buscar o que está faltando e na sua lista mental imensamente inerente as suas vontades, muitas buscas se perderam.
Uma a uma ela promete resgatar. Todas de uma só vez, se for esta a sua única alternativa. Para começar tomou posse do seu novo monitor que ficava ali parado tal qual a montanha da música, que insiste em ficar ali parada. Pois, seu monitor ultra-rápido; sem defeito e até então sem utilização, passa agora a ser ocupado como numa ação de usucapião: de forma mansa, pacífica e ininterrupta e com ânimo de dona.
Ordenou a sua vida que ela se abrisse como dissesse “Abre-te Césamo!” E tudo se clareou, com a liberdade um dia perdida em alguma esquina, talvez num processo inverso ao de Sansão que perdera suas forças ao perder os cabelos; Alice perfaz o caminho inverso: ganha força quando corta os cabelos dando-lhes liberdade para serem como são quase todas as coisas na vida – difíceis, incontestes.
Assim, munida de uma força que até poucos minutos atrás pensava não possuir mais, ela se prepara para alterações cruciais, quase como as fases de idade por que passamos todos os seres viventes.
Então, em primeiro cortou os cabelos e sentiu suas forças revitalizadas em novos propósitos. Em segundo, ordenou que a vida se abrisse. Depois abriu seu computador que até antes queria vender dado à inutilidade. Voltou-se para seu som como fonte de inspiração que sempre fora e que estivera abandonado. Revistos todos os efeitos que abandonos provocam, assumiu que tem como peculiaridade uma estranha sensação de ser similar ao leão e necessitar de uma juba que lhe fortaleça. Tomou seu remédio, fortificou-se e agora se sente curada das rasteiras que tem levado e que agora não perturbam mais...
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