A CAPELLA SISTINA – 22.08.10
Entrar na Capela Sistina, cujo nome é homenagem ao Papa Sisto IV, é adentrar no mundo da arte, situada no palácio apostólico, residência do Papa, na cidade do Vaticano. É deparar com a dedicação em favor dos afrescos que tomam conta de todo o teto e das paredes da capela. É uma obra com mil faces inspirada em Salomão assinados por Michelangelo, Raphael, Bernini e Sandro Botticelli.
A vida de Moisés e de Cristo com seus ancestrais estão ali retratados. É nesta capela que se realiza o conclave para a escolha do novo Papa. É também um lugar onde percebemos resquícios das presenças dos artistas que por ali deixaram suas marcas.
Para visitar a Capela Sistina, além da disposição para não ser atropelado pelos curiosos que não querem perder nada, não podendo fotografar, exceto por câmaras mais afoitas e de clics rápidos tanto quanto não podem os olhos dos vigilantes captarem.
Então, num misto de arte e de cuidado dos guardiães da casa, a diversão dos curiosos passa a ser a de driblar os seguranças, conseguindo num piscar de olhos, a mais bela foto das obras de arte por séculos conservadas do desgaste e da corrosão.
Ao sentar e sentir dor no pescoço de tanto buscar detalhes comuns nos afrescos, buscando comparações, essas atitudes praticadas pelos apreciadores da arte “in oil”, curiosamente encontramos paz e tranquilidade, apesar de todo o barulho no lugar, a todo instante contido pela vigilância incansável e sem êxito.
É assim com o que consideram patrimônio público da humanidade. Todos querem ver, tocar, cheirar. Só não o fazem devido às restrições. Porém, para aqueles que observarem além das tintas e texturas, haverão que deparar com um sossego incomum, atípico ao lugar visitado e bem pago para tal, portanto, desencadeando nos visitantes pressupostos de poderem burlar a segurança da casa.
Seria cômico se não fosse trágico, e seria brasileiro se não fosse internacional. Mas, é no entanto, um comportamento que não rotula apenas o Brasil, mas povos de qualquer lugar do planeta, quando o assunto é pagamento para o exercício do direito da visitação. Todos os povos se fazem símiles no que se refere a direito adquirido.
Ainda assim, a Capela Sistina sobrepõe-se a tudo o mais e se mantém acima das nossas cabeças, intacta, colorida, enviando a sua mensagem que é bíblica para alguns e artística para outros. Sem dúvida, uma oportunidade íumpar de estar inserido dentro da arte. Vale a visita pelo seu peso em euro.
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