A CERTEZA DE ALICE – 05.07.10
Bom, deve Alice admitir de pronto que para o novo, o pouco utilizado, não descoberto, deve dedicar certo esforço até o domínio, até que tudo se iguale efetivamente ao mundo dos utilizáveis. Considera-se uma utilizável que ainda não mudou de parágrafo porque aprendeu na sua última aula de inglês que o parágrafo deve se manter até não se mudar o assunto do “topic Center”, da ideiaprincipal do texto.
Mas, saindo da ideia principal, qual seja do domínio das coisas novas, Alice tenta absorver o quanto bom está sendo digitar em um teclado super-novo, macio, enquanto tenta entender porque os professores acharam mais fácil eliminar logo o hífen de todas as palavras. Ela pensa que talvez houvesse um consenso secreto entre professores de que a vida é mais fácil quando não se hifeniza nada. Também não se inferniza ninguém.
Voltando a sua questão principal, o novo dá um trabalho que só vendo! Foi preciso, não, foi mais que urgente um investimento em um computador novo; afinal é onde ela se deleita, é com quem se deita ultimamente. Deve ser, por óbvio, moderno tanto quanto as ideias que projeta.
Então, seguindo a linha de raciocínio que lhe informa da necessidade de alterar as coisas na vida, visando mais, a sua proposta de não se deixar apegar às coisas todos os dias da mesma forma, então, o que mais aprecia depois do novo, vem toda a sua adaptação a ele. Isto vale para pessoas senão na mesma ordem de valores, quase nesta ordem (brincadeira!).
Assim, o que lhe resta para o feriado é domesticar o teclado super-macio de forma a atender sua volúpia de ideias, levando até o editor, mais uma vez e sem cansaço, as transformações por que passaram algumas palavras do idioma português, permitidas pelos nossos patrícios depois de muita peleja.
Agora já se transformou em perrengue a falta neste exato momento notada, do seu dicionário, o qual ausente, transforma suas ideias geniais em monocromáticas, podendo até atingir a monocracia para a qual não se habilitara ainda.
De toda sorte de certeza que possa ter, a mais certa é que não estar certa de nada, retira-lhe do grau de conforto o qual, se se fizer sempre presente, entedia absurdamente. Resumindo e clarificando, as coisas difíceis e em constante mudança são realmente as que atraem Alice.
O desafio da descoberta é um trabalho que quanto mais minucioso, tanto maior será o prazer da descoberta. É como seu quebra-cabeças que continua ali, imóvel, intacto, a espera de algum curioso que queira desbravar o nível de dificuldade ora estacionado e que acreditem, chegou no seu limiar. Agora ele está no seu ponto melhor.
Então, sem dicionário e discricionariedade acerca do tema, vamos combinar novo encontro para quando o “Aurélio” se fizer presente. Alice quer tentar naturalmente o meio mais difícil; quer tentar o novo dicionário que contenha as correções ortográficas. Então, atrás dele já!
Marcadores: certo é não estar certo
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