PENSANDO SER MATA HARI - 10/11/13
Não diria que brinca porque leva a sério a história de ser espiã. Elegeu o seu grupo de “amigas” no qual não se sente inserida, tampouco se vê acompanhada destas, já que difere das demais em preferencia de assuntos.
Tem preferencialmente uma tendência a falar e conversar apenas sobre doenças e fatos ruins. Sabe sempre quem morreu e quem é a última pessoa com câncer na cidade, motivo pelo qual não encontra muitas amigas para ouvi-la.
Ultimamente, tem se sentido ameaçada e promete gravar todas as ofensas e perseguições que tem passado, ao estilo Mata Hari. Vale lembrar que foi esta uma dançarina holandesa, filha de um rajá com uma indiana, que através das danças sagradas indianas teve abertos inúmeros “music-halls” da Europa, saindo da fama para ser transformada em espiã do Reich, sendo depois executada na França, amarrada a um poste, tendo como amparo apenas a companhia de uma freira a quem sorrira em despedida.
Somente uma agravante não se encaixa em toda a história, ou talvez venha em mensagem subliminar que nem mesmo a amiga se dera conta, mas pratica por não querer de fato ser agredida e ter as tais gravações: é que todos sabem do tal gravador e muitas saem de perto mudas e caladas, para não terem suas vozes ali registradas.
Se de fato o tal gravador existe ou se é um seu blefe, isto ninguém comprova. Entretanto, pelo sim e pelo não, ao menos uma coisa a espiã conseguiu: sua paz e o direito de ir e vir como bem entender, embora não seja o caminho mais diplomático de conseguir um direito a todas do grupo.
Como lição, resta a importância de saber tratar bem as pessoas, sejam amigas ocasionais, funcionários, sabendo aplicar críticas sem ofender, ou, não conseguindo a exata proporção para tal, melhor mesmo é calar-se, já que o tempo se encarrega magistralmente de todo o resto.
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