janeiro 18, 2013

OS PEQUENOS PRAZERES DE ALICE - 18/1/13

            Finalmente chegara ao modelo de note book pelo qual trabalhara, apesar de Alice considerar a internet no seu país algo ainda caro, insatisfatório e trabalhoso, sobretudo por querer internet em todos os lugares, o que a leva a trocar seu modem conforme a necessidade, alternando entre note book e i-pad, luxo pelo qual trabalha todos os dias para manter, tanto quanto sua saúde física e mental.

            Enquanto Alice tomava um café espresso, olhava para sua tela do Maiakovisk na parede da sala, acompanhando-a por anos, relembrando sua travessia quando da penúltima e catastrófica mudança, da qual só vingara de bom suas telas, tintas pinceis, além da coleção de lápis para desenho.

            Aproveita o dia para agradecer a “Nossa Senhora da Inspiração da Capa Rosa”, parodeando seu amigo Talles, que não é o de Mileto, uma vez que quando eventualmente vagueia sobre algo no café da manhã, sem nenhum teor etílico, graças as suas concepções que não admitem nem sequer crasear antes do pronome possessivo sua, que dirá ingerir álcool para ter-se com a inspiração, costumando nesses momentos, deparar-se com ela gratuita e fortuitamente.

            Desta feita, vem-lhe imagens sobre edição dos seus trabalhos em “oil on canvas” e desenhos, abandonados por ora por força dos estudos e pesquisas que talvez a levem para outras paragens, razão pela qual tem, porque tem... Porque tem que continuar investindo em tal prática celibatária, solitária, cruel e um tanto pesada para sua idade que passa além do que deveria, sobrepujando sua vontade de viver, que não pode ser agora, que pode esperar, que talvez será para amanhã... Que dilema, na mais completa acepção do termo dotado de efeitos psicológicos, quiçá patológicos.

            Mas, está a moça feliz, porque tem seu “windows seven”, podendo instalar quando bem quiser o “eight” para satisfação da sua curiosidade que não pode, não quer e não irá sossegar até experimentá-lo. Igualmente pelo “Maiakovisk” e pelo “Darwin”, ambos nas paredes das salas, como que postados, calmos e plácidos nos seus berços esplêndidos de criação (amém a Nossa Senhora da Inspiração da Capa Rosa).

            Depois de ter declarado merecedora de tudo quanto vier a buscar com aninus domini, sente-se apaziguada com o mundo, buscando pequenos prazeres que não afetam a ordem do dia, da saúde e da serenidade. Apenas adverte temerosa ao tempo, que lhe sejam concedidos pelos menos mais três a quatro anos de trabalho duro, quando depois irá começar a viver sua arte. Até lá, tenta apenas administrar pequenos prazeres como ter seu pai à direita e a mãe à esquerda, filhos ao longe como tem sido, além de um estranho gosto pelas dificuldades que permeiam os dias daqueles que se buscam inspirados ao menos uma vez ao dia. Até!  

2 Comments:

Blogger Ricardo Miñana said...

Interesante espacio el tuyo, un placer.
que tengas un buen fin de semana.
un saludo.

6:19 AM  
Blogger Minhas Ideias e Desenhos said...

Thanks, good. continue lendo OK?

9:30 AM  

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