PARA MARIA LUIZA - 11/11/12
Uma maldade por que passo agora, a
ausência das pessoas com as quais vinha desenvolvendo dependência agora é tida
como aquilo que não mata e que por ora, fortalece. E assim, vale entender em
forma de terapia que cada um cuida da sua vida, independentemente dos seus vínculos.
Enquanto tento tal exercício difícil
diante da internet que não deixa ninguém longe do outro por muito tempo, bate à
porta uma família em trabalho dominical sobre a palavra de Deus.
Muito linda e especial é a criança
que, aparentando seus 10 anos, poderia estar brincando, dormindo ou fazendo
qualquer coisa normal a sua idade, mas que segue a mãe, no paciente trabalho de
simplesmente levar a palavra de Deus para quantos quiseram ouvir e para os que
não quiserem também. Bastante precoce a experiência de visualizar o descaso
para com o sagrado.
O
que ocorre é uma inversão acentuada sobre o que seria sagrado. Para quantos não
seria a liberdade de falar e fazer o que pensa. Para outros tantos seria o
carro adquirido com muito esforço. E quantos estão despertos, em busca de uma
tecnologia de ponta, capaz de tornar pequena a sua solidão.
O fato é que existem tantas opções,
que nem mesmo a solidão é óbice para que se pense em morrer de tédio, por
exemplo. Mas as pessoas pensam. E morrem assim.
Das maldades passadas por aqueles
que não encontram alívio para as interferências diárias de notícias ruins, uma passando
despercebida, tida como praxe normal entre os que dormem nas manhãs de domingo,
despreocupados, cansados talvez pela noite de sábado, com pouco ânimo para
chegar ao portão e atender uma linda menina desconhecida chamada Ana Luiza que,
instantaneamente abre sua bíblia tão pequena quanto ela, e lê gratuitamente um
versículo dando conta de que o mundo não vai acabar neste ano nem em outro, e mais,
irá melhorar. Isso de forma gratuita, sem pedir nenhuma contribuição. Ainda
assim, poucos a escutam com ouvidos de ouvir...
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