junho 02, 2014

EU E O ZELÃO - 01/06/14

EU E O ZELÃO – 01/06/14

Alguém mexeu no meu imaginário e igualmente, naquele ideal de muitas pessoas típicas de uma região, de uma faixa etária e até mesmo, tendo em comum a vida simples, embora de cidade, mais parecida com a vida da roça.
Quando vejo o Zelão, revejo meus contos infantis, as fábulas e as ideias mais estranhas e complexas acerca do imaginário de masculinidade que perpassa por entre ideias muito antigas, desconexas com os tempos cibernéticos e robóticos de agora.
Quando vejo o Zelão, vem-me uma ideia muito definida do que seria um homem na sua plenitude, apto a lidar com uma mulher, e ao mesmo tempo, doce, capaz de oferecer um largo ombro, numa estatura que se traduz num mix entre ser alto, forte, descompassado, elegante sem ser bonito de se ver.
E para povoar ainda mais o imaginário que até então vagava em busca de uma personificação masculina, ei-lo na televisão, todo cheio de si quando anda, com efeitos robóticos quando se vira com a inocência jamais presenteada a um homem e, sobretudo, com uma perspectiva visual capaz de atribuir a todos um nível abaixo do seu. É como se flanasse (assim mesmo, transitivo circunstancial), por entre os sonhos mais distantes, esquecidos, jamais imaginados de concepção real, limitado apenas a uma imagem virtual.
Foi assim consolidada a imagem mental de homem, cristalizada numa concepção capaz de remeter aos quadrinhos, aos desenhos infantis, à velha aceitação de tal existência somente a partir de um desenho, posto ser idealizada apenas em uma tela, um pastel, ou um grafite, mas jamais com o corpo de um homem, que anda e fala na sua mais meticulosa concepção, levando-me a visualizar tal imagem cristalizada a partir de então; e assim, com a surpreendente esperança de materializar-se na simplicidade das coisas e das pessoas no presente...

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