LIMITE – 23.10.11
Lá mais longe vem vindo Alice cheia de teoria para tentar driblar o tempo, já que desistira de aliar-se a ele. É que todas as suas tentativas têm causado mal-estar como a ansiedade que lhe impulsiona a buscar sempre mais e mais estudos e atividades para o seu dia.
Vindo, vem junto com ela um amontoado de estudos os quais tenta exercitar e compreender porque não se permite ser 100% bem sucedida, satisfazendo-se com 85% no resultado final. Ainda estuda suas limitações.
Enquanto escreve, tenta ouvir uma palestra sobre seguros onde aprende o valor da probabilidade de ocorrência de um evento danoso, que é a base conceitual do seguro.
Aí Alice pensa na probabilidade de assegurar seu cérebro dos danos futuros. Ainda segundo a teoria da probabilidade tudo no mundo tem 50% de chance de ocorrência; ate mesmo de Alice vir a acordar sem memória.
Enfim, diante de tal possibilidade incontrolável e subjetiva, tal seguro deve ser fácil de ser vendido porque um investimento de uma vida que nem tem tanto tempo para usufruir do seu investimento em conhecimento ou dele valer-se para garantir-lhe renda, melhor padrão de vida e outros valores que isso poderia propiciar, há que se tratar de um negócio promissor.
E na ótica de Alice, que sempre fora muito independente, e portanto, livre para pensar e inventar formas novas de investimento, tem visto atualmente que investir em pensar, estudar, compreender o mundo, analisar pessoas, tudo isto pode gerar maneiras de propiciar progressos.
Já que tem investido em conhecimentos distintos, alguns opostos, exigindo dela ativação de pontos cerebrais diferentes e fazendo tudo isto de forma a tentar a todo instante um acordo com o tempo, portando não contribuindo para amenizar estragos pela falta deste, aí o valor para Alice transcende o dinheiro, o poder, a posição social ou qualquer valor que costuma despertar interesse.
Assim, diante do amontoado de estudos que acompanham Alice, a probabilidade de ocorrência da perda de memória, ou seja, a efetivação do “sinistro” merece acolhida; e pelo lado da seguradora seria um excelente negócio, dado que não são tantos os compulsivos por estudo nesta vida. Por conseguinte, Alice deveria prudentemente pagar o “prêmio” que é o valor pago à seguradora pelo segurado.
De todo o exposto, o que tenta Alice é aproveitar o estudo na sua literatura. Se não tão claro, seja ao menos uma nova teoria que consegue finalmente driblar o tempo oferecendo de bom grado o que prontamente aprende para talvez, incitá-lo também a ser um estudante que valoriza seu cérebro.
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