julho 14, 2014

EVANESCENTE - 14/07/14





            Até parece nome de banda de “rock and roll”, mas não é. É mais um verbo nascido do latim que vem de encontro ao atual padrão de heróis que necessitam nosso povo.
            No que se refere a mim pessoalmente, cujos heróis sempre morrem cedo, ou se transformam, tendo agora uma nítida conformação, posto que contava com a sabedoria de vida do Bill Gates, decepcionando ao comentar sobre a falta de similaridade entre seus sistemas e os carros pelo mundo afora, ouvindo o que não queria, por se constituírem os carros em ferramenta que envolve a segurança do ser humano.
            Depois que elegi o Zelão como padrão estereotipado, mas padrão, do que esperam as mulheres de um homem sem sinais de violência, com ingenuidade, bondade, sensibilidade... E ver tal personagem transformando-se num típico homem médio, capaz de afirmar “se ela não for minha não será de mais ninguém”, eis claríssimo o movimento que executam os heróis atuais.
            Passo a crer, após a perda histórica do Brasil na Copa 2014, que nosso país busca por ídolos que jamais sobressairão da política, tampouco da educação, e muito menos da cultura ou da arte. Buscam-no em meio ao futebol. E ficam, assim como eu, órfãos de ídolos já que os mais bem pagos e idolatrados deste país não puderam, ou não quiseram atribuir a devida importância de preencher esta lacuna que nos incomoda a todos.
            Talvez se dessem conta, mas foi quando o tempo já os enforcava e avisava que não mais seria possível. Faltaram quesitos fundamentais que garantem o sucesso em qualquer empreitada e, sobretudo, a autocrítica desvencilhada do protecionismo e do ego que se inflama ante os elogios de fãs, devendo esses tais, sempre ser recebidos e minimizados uma vez que detêm o exagero e a cegueira que não quer ver, não quer ver de jeito nenhum.
            Por agora, resta catar os cacos, esperar uma virada desses ídolos, não cansando de esperar pelo amadurecimento nem podendo precisar exatamente de quantas derrotas necessitarão, até aprenderem que o esforço por construir só vem após anos, e que entre o plantar e o colher, existem as regas, capinas, adubações e vigilância... muita vigilância, sem faltar um só desses itens!

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